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e o cuidado com a vida são coisas de que o mundo precisa...
Boa leitura!

terça-feira, 13 de março de 2012

O bem viver ou o viver melhor?

A Campanha da Fraternidade nos coloca como um dos objetivos “o disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável”. Este é um conceito que vem dos povos indígenas andinos, que foi incluído nas Constituições do Equador e da Bolívia.
Viver bem faz—nos refletir que devemos viver em harmonia e em equilíbrio. Em harmonia com a Mãe Terra, com o cosmos, com a história. Viver bem é viver em harmonia com os ciclos da vida, saber que tudo está interconectado, interrelacionado e é interdependente; viver bem é saber que a deterioração de uma espécie é a deterioração do conjunto. Pensamentos e sabedorias dos nossos avôs e avós que hoje nos dão a clareza do horizonte do nosso caminhar.
Há que diferenciar viver bem do viver melhor. Viver melhor significa ganhar à custa do outro, é acumular por acumular, é ter o poder pelo poder. Mas viver bem é devolver-nos o equilíbrio e a harmonia sagrada da vida. Tudo que vive se complementa. Tudo está interrelacionado: a árvore não vive para si mesmo; o inseto, a abelha, a formiga, as montanhas, não vivem para si mesmos, senão em complementariedade, em reciprocidade permanente.
Estamos falando que a saúde deve se difundir sobre a terra. E cuidar da saúde das pessoas é, necessariamente, cuidar da saúde do planeta. O bem viver nos convida a não consumir mais do que o ecossistema pode suportar, a evitar a produção de resíduos que não podemos absorver com segurança e nos incita a reutilizar e reciclar tudo o que tivermos usado. Será um consumo reciclável e frugal. Então não haverá escassez.
Nesta época de busca de novos caminhos para a humanidade a ideia do bem viver tem muito a nos ensinar.

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