Este espaço contém reflexões que gerem esperança. Humanizar relações
e o cuidado com a vida são coisas de que o mundo precisa...
Boa leitura!

terça-feira, 26 de maio de 2009

- Pela unidades dos Cristãos


“Se caminhar é preciso, caminharemos unidos,
E nossos pés, nossos braços,
sustentando nossos passos,
Não mais seremos a massa,
sem vez, sem voz, sem história
Mas uma Igreja que vai em esperança solidária.”


A semana que vai da Ascensão de Jesus aos Céus até o Pentecostes, é, no Brasil, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, este ano de 24 a 31 de maio.
É um tempo de crescimento, de partilha e de testemunho através da oração. Em sua persistente missão de acolher e de partilhar, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) lidera esse tempo.
Vivemos num tempo que é necessário a busca da paz. E a paz exige que nos desarmemos. Também desarmar os espíritos. E quando sentamos juntos para orar, nos desarmamos.
Vivemos num tempo em que é preciso a tolerância, o respeito ao diferente. Estamos num mundo onde a diversidade é a o que nos separa ou nos une.
Não existe mais o pensamento único. Isto na religião, nas culturas, na política, na economia, no mercado de trabalho, nos esportes. Precisamos aprender a conviver com o diferente. Ver no diferente não uma pobreza ou limitação, mas sim uma riqueza. Somar e multiplicar, e não diminuir e dividir.

“Se caminhar é preciso, caminharemos unidos
E nossa fé será tanta que transporá as montanhas
Vamos abrindo fronteiras onde só havia barreiras
Pois somos povo que vai em esperança solidária.”


Este ano, o texto inspirador para a Semana de Oração encontra-se em Ezequiel, capítulo 37. O profeta e sacerdote vivia no tempo do rei Joaquim, que traiu a Aliança com Deus. O povo foi banido para a Babilônia. Mesmo no meio do sofrimento, Ezequiel não se desesperou, mas proclamou uma mensagem de esperança: o projeto original de Deus para a renovação e para a unidade de seu povo ainda poderia ser realizado.
Ezequiel foi encorajado nesse esforço por duas visões: a primeira era a visão do vale de ossos secos que, pela ação do Espírito de Deus, são restaurados, passam da morte à vida (Ez 37,1-14). A segunda visão é que serve de tema para a nossa Semana. Nela Ezequiel é chamado a usar dois pedaços de madeira, que Deus quer ver unidos, simbolizando os dois reinos em que Israel se dividira. Os nomes das tribos de cada reino dividido (duas das doze tribos originais no norte e dez no sul) são escritos sobre os pedaços de madeira.
Para Ezequiel, essa unidade não é simplesmente a união de grupos anteriormente divididos: é uma nova criação, o nascimento de um novo povo que seria um sinal de esperança para outros povos e até para toda a humanidade.

“Se caminhar é preciso, caminharemos unidos
E o reino de Deus teremos como horizonte de vida
Compartiremos as dores,
os sofrimentos e as penas
Levando a força do amor em esperança solidária.!

Em Dom Pedrito, faremos um momento comum de oração nesta sexta-feira, dia 29, às 19 horas, na Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. “Unidos na tua mão” é o lema que nos motiva, o que nos pode trazer uma consciência mais profunda de como a unidade da Igreja está a serviço da renovação da comunidade humana.
Um forte abraço!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

- A violência continua...

Queremos a paz. Não queremos a violência. Queremos a fraternidade. Não queremos brigas e desentendimentos. Mas a violência está aí. Continua marcando nossas vidas, nosso município, que quer ser a Capital da Paz. Mas ainda não é Capital de Paz...
Para compreender a violência nas suas dimensões, é importante não reduzi-la à criminalidade. Violência, com efeito, é tudo o que fere ou esmaga a dignidade de qualquer pessoa humana. Violência são todas as formas de violação do corpo, da consciência e da vida: todos as formas de violação dos direitos humanos. Percebe-se, por isso, que existem várias formas de violência. Por isso até é melhor falar de violências. No plural.

Violência divulgada

A primeira forma poderia denominar-se de violência noticiada, divulgada e transmitida ruidosamente pelos meios de comunicação social. As noticias informam sobre o aumento dos conflitos; sobre o aumento das taxas de criminalidade, incluindo homicídios, assaltos, roubos e seqüestros; sobre o aumento dos crimes perpetrados por menores e dos crimes relacionados com o uso e tráfico de drogas.
A nota de crueldade de que se revestem tantos crimes, como os estupros, as trucidações e linchamentos, fere a sensibilidade social. O desrespeito à vida leva ao ponto de matar por matar, ou então, porque a vítima não tem dinheiro para resgatar-se do assaltante.
“O sociólogo Johan Galtung é conhecido por ter estabelecido, no contexto das relações internacionais, a distinção entre “jornalismo pacífico” e “jornalismo de guerra”. No primeiro caso, trata-se de uma forma de jornalismo que aborda o conflito de modo a estimular a “análise conflitual”, a pesquisa de suas causas estruturais e a resposta não-violenta ao mesmo.
O segundo, tradicional, toma o conflito em si mesmo, como algo dado. Depreende-se daí que os meios de comunicação tanto podem contribuir para a redução como para o aumento da violência. Contribuem para o aumento quando repassam valores que fundamentam uma sociedade violenta ou quando apelam para o sensacionalismo, como acontece com alguns apresentadores que fazem dessa prática a sua grande arma para atingir o público. Existem, programas, tanto para adultos como para o público infantil, que favorecem a disseminação de uma mentalidade violenta. Além disso, os meios de comunicação social propagam a liberdade sexual exacerbada, que cria bases para o relativismo moral e abre caminho para diversificadas formas de violência.” (Texto-base CF-2009, n.107).
É o caso dos games e videogames... Hoje, os jogos estão cada vez mais violentos. E na medida em que nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos têm acesso a este tipo de jogos, acabam se acostumando com a violência. Matar, morrer, agredir, transgredir, não respeitar limites e regras... Tudo isso por no mundo virtual. E, às vezes, a fronteira entre o mundo virtual e o mundo real está muito próxima... É só uma linha imaginária...
A Campanha da Fraternidade deste ano nos fala que a mudança social passa necessariamente pelo caminho da educação. É preciso conscientizar as famílias sobre a necessidade de assumirem o papel da educação dos filhos na cultura da paz, a partir dos valores do Reino de Deus.