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e o cuidado com a vida são coisas de que o mundo precisa...
Boa leitura!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

- A violência continua...

Queremos a paz. Não queremos a violência. Queremos a fraternidade. Não queremos brigas e desentendimentos. Mas a violência está aí. Continua marcando nossas vidas, nosso município, que quer ser a Capital da Paz. Mas ainda não é Capital de Paz...
Para compreender a violência nas suas dimensões, é importante não reduzi-la à criminalidade. Violência, com efeito, é tudo o que fere ou esmaga a dignidade de qualquer pessoa humana. Violência são todas as formas de violação do corpo, da consciência e da vida: todos as formas de violação dos direitos humanos. Percebe-se, por isso, que existem várias formas de violência. Por isso até é melhor falar de violências. No plural.

Violência divulgada

A primeira forma poderia denominar-se de violência noticiada, divulgada e transmitida ruidosamente pelos meios de comunicação social. As noticias informam sobre o aumento dos conflitos; sobre o aumento das taxas de criminalidade, incluindo homicídios, assaltos, roubos e seqüestros; sobre o aumento dos crimes perpetrados por menores e dos crimes relacionados com o uso e tráfico de drogas.
A nota de crueldade de que se revestem tantos crimes, como os estupros, as trucidações e linchamentos, fere a sensibilidade social. O desrespeito à vida leva ao ponto de matar por matar, ou então, porque a vítima não tem dinheiro para resgatar-se do assaltante.
“O sociólogo Johan Galtung é conhecido por ter estabelecido, no contexto das relações internacionais, a distinção entre “jornalismo pacífico” e “jornalismo de guerra”. No primeiro caso, trata-se de uma forma de jornalismo que aborda o conflito de modo a estimular a “análise conflitual”, a pesquisa de suas causas estruturais e a resposta não-violenta ao mesmo.
O segundo, tradicional, toma o conflito em si mesmo, como algo dado. Depreende-se daí que os meios de comunicação tanto podem contribuir para a redução como para o aumento da violência. Contribuem para o aumento quando repassam valores que fundamentam uma sociedade violenta ou quando apelam para o sensacionalismo, como acontece com alguns apresentadores que fazem dessa prática a sua grande arma para atingir o público. Existem, programas, tanto para adultos como para o público infantil, que favorecem a disseminação de uma mentalidade violenta. Além disso, os meios de comunicação social propagam a liberdade sexual exacerbada, que cria bases para o relativismo moral e abre caminho para diversificadas formas de violência.” (Texto-base CF-2009, n.107).
É o caso dos games e videogames... Hoje, os jogos estão cada vez mais violentos. E na medida em que nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos têm acesso a este tipo de jogos, acabam se acostumando com a violência. Matar, morrer, agredir, transgredir, não respeitar limites e regras... Tudo isso por no mundo virtual. E, às vezes, a fronteira entre o mundo virtual e o mundo real está muito próxima... É só uma linha imaginária...
A Campanha da Fraternidade deste ano nos fala que a mudança social passa necessariamente pelo caminho da educação. É preciso conscientizar as famílias sobre a necessidade de assumirem o papel da educação dos filhos na cultura da paz, a partir dos valores do Reino de Deus.

Um comentário:

  1. O mais cruel é que o prórpio órgão que lança campanhas contra a violência é o que promove.
    Como uma família, que vive em frente ao televisor, vai lidar com tamanha confusão?

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