Este espaço contém reflexões que gerem esperança. Humanizar relações
e o cuidado com a vida são coisas de que o mundo precisa...
Boa leitura!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A festa de São Domingos

Três Vendas é uma das regiões mais bonitas e tradicionais de Dom Pedrito. Faz divisa com a República Oriental do Uruguai, divisor de águas e por muito tempo a porta de entrada para nossa cidade para quem vinha de Montevidéu ou de Livramento.

Na década de 1930, ali foi construída uma magnífica capela, dedicada a São Domingos Gusmão, um santo espanhol muito estimado, missionário, grande pregador, nascido em 1170 e falecido em 1221, com 51 anos de idade, fundador da Congregação dos Pregadores, conhecida como a Ordem Dominicana. São Domingos é contemporâneo de outro grande santo, São Francisco de Assis. Ambos deixaram no mundo um sinal indelével. Foi um apóstolo do rosário e missionário incansável em defesa da fé entre o povo.

Sua data é celebrada no dia 8 de agosto. Mas a sua festa, nas Três Vendas, é celebrada sempre na segunda quinzena de janeiro, por causa do tempo mais favorável, festa que já se tornou uma tradição, virando até tema de uma música, composição de José Amilcar Ferreira e música de Júnior Rodrigues.

“Vem gente de todo lado, brasileiro e paisanos, prá esta festa macanuda que acontece há muitos anos: segue o por do sol e vai, que se perder não tem risco, é adiante do Ponche Verde, passando pelo Obelisco.”

É tradição que São Domingos atende ao pedido dos lavoureiros e dos criadores: se faz seca, reza prá São Domingos que a chuva vem, que boa colheita se fará e que a criação bonita se criará.

Faz parte da festa a missa bem preparada e celebrada, seguida de uma procissão onde, carregando o andor e o estandarte do santo, todos seguem rumo à bonita e acolhedora floresta de eucaliptos, que nos convida para o encontro, a conversa amiga, o churrasco, a confraternização, a música, a dança, os causos e as gostosas gargalhadas: “quem não for vai sentir faca fora da bainha”...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma Campanha nascida no Concílio

Este ano de 2012 marca uma data importante na história da Igreja atual: 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. De 1962 a 1965, os Bispos católicos do mundo inteiro passavam em torno de dois meses anualmente em Roma, participando das suas atividades. Em 11 de outubro, entramos nas comemorações do jubileu de ouro deste evento renovador, que promoveu “a atualização de métodos e de linguagem, verdadeiro Pentecostes do século XX”, segundo as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (nº. 75). As mesmas Diretrizes anunciam várias atividades a serem programadas pela CNBB, através de Comissão constituída para esta finalidade. O Papa Bento XVI instituiu um Ano da Fé, a ser realizado a partir da data mencionada até a Festa de Cristo Rei, em 24 de novembro de 2013. Com esta iniciativa, o Papa quer assinalar também os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, cujo objetivo é ilustrar a força e a beleza da fé, bem como a realização da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã, tampo de reflexão e redescoberta da mesma.
Durante o Concílio, os bispos viveram enriquecedora experiência de comunhão episcopal, conhecendo-se melhor e inteirando-se mais de trabalhos de evangelização e promoção humana, seja do próprio País ou de outros. Assim, os do Brasil conheceram uma iniciativa desencadeada pela Arquidiocese de Natal e outras três Dioceses do Rio Grande do Norte, na Quaresma de 1962, assumida no ano seguinte por 16 dioceses do Nordeste, chamada Campanha da Fraternidade. Em 1964, ela passou a ser realizada em todo o País.

Assim, esta Campanha nasceu com a característica inovadora do Concílio Vaticano II e concretiza linhas fundamentais dos seus documentos, especialmente o da presença da Igreja no mundo (Gaudium et Spes), com a promoção humana integral, a pastoral social. Ela amplia o horizonte da fé e intensifica o convite quaresmal à conversão, indicando situações sociais carregadas de sinais de morte, com propostas concretas de ações transformadoras em favor da vida. Com esta Campanha, a Igreja assume e revela sempre mais sua característica de discípula, missionária e profética na realização da sua missão evangelizadora. Ela se tornou precioso meio evangelizador para o período de preparação à Páscoa, com sugestões sempre atualizadas para os três exercícios quaresmais, a oração, o jejum e a esmola. Promove a fraternidade em compromissos concretos em vista da transformação da sociedade a partir de uma realidade específica, à luz da Palavra de Deus e do Ensino Social da Igreja.

Uma Campanha nascida no Concílio

Este ano de 2012 marca uma data importante na história da Igreja atual: 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. De 1962 a 1965, os Bispos católicos do mundo inteiro passavam em torno de dois meses anualmente em Roma, participando das suas atividades. Em 11 de outubro, entramos nas comemorações do jubileu de ouro deste evento renovador, que promoveu “a atualização de métodos e de linguagem, verdadeiro Pentecostes do século XX”, segundo as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (nº. 75). As mesmas Diretrizes anunciam várias atividades a serem programadas pela CNBB, através de Comissão constituída para esta finalidade. O Papa Bento XVI instituiu um Ano da Fé, a ser realizado a partir da data mencionada até a Festa de Cristo Rei, em 24 de novembro de 2013. Com esta iniciativa, o Papa quer assinalar também os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, cujo objetivo é ilustrar a força e a beleza da fé, bem como a realização da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã, tampo de reflexão e redescoberta da mesma.
Durante o Concílio, os bispos viveram enriquecedora experiência de comunhão episcopal, conhecendo-se melhor e inteirando-se mais de trabalhos de evangelização e promoção humana, seja do próprio País ou de outros. Assim, os do Brasil conheceram uma iniciativa desencadeada pela Arquidiocese de Natal e outras três Dioceses do Rio Grande do Norte, na Quaresma de 1962, assumida no ano seguinte por 16 dioceses do Nordeste, chamada Campanha da Fraternidade. Em 1964, ela passou a ser realizada em todo o País.

Assim, esta Campanha nasceu com a característica inovadora do Concílio Vaticano II e concretiza linhas fundamentais dos seus documentos, especialmente o da presença da Igreja no mundo (Gaudium et Spes), com a promoção humana integral, a pastoral social. Ela amplia o horizonte da fé e intensifica o convite quaresmal à conversão, indicando situações sociais carregadas de sinais de morte, com propostas concretas de ações transformadoras em favor da vida. Com esta Campanha, a Igreja assume e revela sempre mais sua característica de discípula, missionária e profética na realização da sua missão evangelizadora. Ela se tornou precioso meio evangelizador para o período de preparação à Páscoa, com sugestões sempre atualizadas para os três exercícios quaresmais, a oração, o jejum e a esmola. Promove a fraternidade em compromissos concretos em vista da transformação da sociedade a partir de uma realidade específica, à luz da Palavra de Deus e do Ensino Social da Igreja.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um ano novo está começando

Estamos na primeira semana de dois mil e doze. E continuamos repercutindo a mensagem que Bento XVI enviou ao mundo sobre a necessidade de educar os jovens para a justiça e a paz, mensagem esta divulgada no dia primeiro do ano.
A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida, diz o Papa. “Educar – na sua etimologia latina educere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa.

Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo.

Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos.

A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.”
E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores.

A família é célula originária da sociedade. “É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro”. Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.
Lembra também que cada ambiente educativo possa “ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos.

Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar ativamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.”
Dois mil e doze será o ano que nós construirmos.

Com fé, esperança, otimismo e muito trabalho.

EDUCAR PARA A JUSTIÇA E A PAZ

O Papa Beto XVI nos convida a olhar o ano de 2012 com uma atitude confiante.

É verdade que no ano que termina cresceu o sentido de frustração, por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.
Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora.

Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade.

Queria revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: “Educar os jovens para a justiça e a paz”, convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.
Diz o Papa: “A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, a garantia do que é deveras bom e verdadeiro, o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor? O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (cf. 1 Cor 13, 1-13).
“Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade.

Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.
Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.
Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos.

Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.”

É NATAL MAIS UMA VEZ

É Natal mais uma vez.

Que deve ser todos os dias em nossa vida.

Por tudo que representa. Por tudo que nos traz.
Natal renova a esperança.

Esperança que se torna confiança e certeza da presença do amor de Deus em nossa vida. Esperança que se faz criança. Criança que é símbolo do futuro, da certeza da vida que não pára. Esperança que deve ser alimentada, acalentada e animada todos os dias.

Esperança que não podemos deixar morrer em nós.
Natal alerta para a vigilância.

Vigilância nos leva a sempre estarmos preparados: sempre alertas!

Vigilância que significa estar atento aos apelos de Deus, a fim de ver o que Ele tem a nos dizer, como devemos agir. Vigilância que é “nunca abaixar a guarda”, mas sempre estar disposto a trabalhar por um outro mundo possível.
Natal é convite à conversão.

Conversão que é apelo para mudar para melhor a nossa vida e a vida do nosso planeta.

A Campanha da Fraternidade deste ano já nos alertava, quando nos convidava a olharmos para a vida do nosso planeta: “Ou mudamos, ou morreremos!”
Natal é olhar para Jesus e refletir sobre as obras que realizamos.

A esperança anima nossa fé, a vigilância nos leva à conversão e esta nos motiva a uma prática concreta. Por meio da ação, de nossas obras, demonstramos que tipo de cristãos somos.

Jesus não se definiu por palavras, mas sim pelos sinais que realizava.

Uma pessoa que não ama, não faz o bem aos outros, que não é caridosa, não pode dizer que é cristã.

Ao nos dizemos seguidores de Cristo, nossas ações e nossa prática devem se assemelhar às Dele.
Natal nos lembra o grande presente de Deus para a humanidade: o seu próprio Filho. Mas lembra também a colaboração humana, nas figuras de Maria, de José e tantos outros personagens da História da Salvação.
Natal nos lembra que Deus entra, por meio de Jesus, na história da humanidade para dela fazer parte para sempre.
Natal nos leva a sermos mais solidários, fraternos, humanos.

A escolhermos e a nos gastarmos sempre a favor da vida, a vida que se manifesta em Jesus na sua plenitude.

Natal que nos leva a sempre escolhermos o bem.
Feliz Natal para todos.

Com Cristo, nossa esperança, o Príncipe da Paz.