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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Uma Campanha nascida no Concílio

Este ano de 2012 marca uma data importante na história da Igreja atual: 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. De 1962 a 1965, os Bispos católicos do mundo inteiro passavam em torno de dois meses anualmente em Roma, participando das suas atividades. Em 11 de outubro, entramos nas comemorações do jubileu de ouro deste evento renovador, que promoveu “a atualização de métodos e de linguagem, verdadeiro Pentecostes do século XX”, segundo as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (nº. 75). As mesmas Diretrizes anunciam várias atividades a serem programadas pela CNBB, através de Comissão constituída para esta finalidade. O Papa Bento XVI instituiu um Ano da Fé, a ser realizado a partir da data mencionada até a Festa de Cristo Rei, em 24 de novembro de 2013. Com esta iniciativa, o Papa quer assinalar também os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, cujo objetivo é ilustrar a força e a beleza da fé, bem como a realização da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã, tampo de reflexão e redescoberta da mesma.
Durante o Concílio, os bispos viveram enriquecedora experiência de comunhão episcopal, conhecendo-se melhor e inteirando-se mais de trabalhos de evangelização e promoção humana, seja do próprio País ou de outros. Assim, os do Brasil conheceram uma iniciativa desencadeada pela Arquidiocese de Natal e outras três Dioceses do Rio Grande do Norte, na Quaresma de 1962, assumida no ano seguinte por 16 dioceses do Nordeste, chamada Campanha da Fraternidade. Em 1964, ela passou a ser realizada em todo o País.

Assim, esta Campanha nasceu com a característica inovadora do Concílio Vaticano II e concretiza linhas fundamentais dos seus documentos, especialmente o da presença da Igreja no mundo (Gaudium et Spes), com a promoção humana integral, a pastoral social. Ela amplia o horizonte da fé e intensifica o convite quaresmal à conversão, indicando situações sociais carregadas de sinais de morte, com propostas concretas de ações transformadoras em favor da vida. Com esta Campanha, a Igreja assume e revela sempre mais sua característica de discípula, missionária e profética na realização da sua missão evangelizadora. Ela se tornou precioso meio evangelizador para o período de preparação à Páscoa, com sugestões sempre atualizadas para os três exercícios quaresmais, a oração, o jejum e a esmola. Promove a fraternidade em compromissos concretos em vista da transformação da sociedade a partir de uma realidade específica, à luz da Palavra de Deus e do Ensino Social da Igreja.

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