Mas quero pedir que olhemos com carinho para a Amazônia. Dom Roque Paloschi, bispo de Roraima, esteve entre nós no mês de maio, após a Assembléia de Itaici. Está angustiado com a situação da missão do Xitei, entre os povos Yanomani. As irmãs que lá estão sairam e deixaram o projeto. A ausência de uma comunidade de Igreja, lá, neste momento, seria um desastre, como mostram os anexos.
Como seria bom se tivéssemos uma Congregação Religiosa que pudesse assumir este trabalho. Peço a você, que interceda junto à sua congregação, ou envie a quem ajudar possa, para que entre em contato com Dom Roque, conforme endereços no anexo.
Abraços solidários e fraternos.
Pe. Alex
Proposta para a Missão no Xitei- Povo Yanomami
Boa Vista- Roraima/2009

A Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima, desde muito tempo vem se dedicando profeticamente a luta pela vida e promoção dos povos indígenas, com a presença de diversas congregações religiosas, institutos, CIMI.
A história da Igreja em Roraima junto aos povos indígenas passou pela presença de missionários (as) da ordem Carmelita, Beneditinos, Missionários da Consolata até 1980, quando outras forças começaram a somar. Com os povos Yanomami a Igreja de Roraima, começa um trabalho de primeiros contatos na década de 50, com os Missionários da Consolata e nos anos 80 com a presença das Irmãs Missionárias da Consolata presente até hoje.
Os povos indígenas de Roraima têm uma população de 46.780 mil indígenas, com as etnias, Makuxi, Wapichana, Patamona, Taurepang, Sapará, Ingarikó, Wai-Wai, Waimiri- Atroari, Yanomami, Y’ekuana.
A atuação da Igreja de Roraima esteve diretamente voltada no combate contra o genocídio, violação dos seus direitos, massacre dos povos indígenas devido às políticas governamentais, implantadas através de projetos desenvolvimentistas, que afetaram profundamente a vida e a cultura destes povos.
Esta proposta quer ser antes de tudo, um apelo da Igreja para Igreja, para somar forças e continuar sendo uma presença solidária, fraterna entre o povo Yanomami que tanto nos tem ensinado e nos convertido para sermos testemunhas do Deus da vida e de seu projeto de Reino definitivo que é construído pela justiça e paz.
UM POUCO DA HISTORIA
Os primeiros contatos

Os primeiros contatos esporádicos com o povo Yanomami remetem ao final de 1700, mas somente em meados de 1900 se instalaram no meio deles as primeiras missões. Até o fim do século XIX, portanto, os Yanomami mantinham contato apenas com alguns grupos indígenas vizinhos.
No Brasil, os primeiros encontros diretos de grupos Yanomami com representantes da fronteira extrativista (balateiros, piaçabeiros, caçadores), bem como com soldados da Comissão de Limites e funcionários do SPI ou viajantes estrangeiros, ocorreram nas décadas de 1910 a 1940.
Em Roraima, o impacto provocado pela ‘corrida do ouro’ ocorrida durante as décadas de 80 e 90 do século passado, e as denúncias veiculadas dentro e fora do país sobre o quadro sanitário e a epidemia de malária que se alastrava pela Área Yanomami e colocava em risco a sobrevivência dessa etnia. Nesse período os cuidados com a saúde dos Yanomami passaram da responsabilidade da FUNAI, para o Ministério da Saúde, por meio da Fundação Nacional da Saúde. Culminaram na criação em 1991 do Distrito Sanitário Yanomami - DSY
No sentido de ajudar a resolver as questões sanitárias, a Diocese se envolveu e assinou em 17 de fevereiro de 2001 um convênio com a FUNASA para dar assistência a cerca de 2000 Yanomami, nas regiões de Catrimani, Baixo Catrimani, Ajarani e Xitei. Está ficando sempre mais difícil segurar a situação, apesar de ter conseguido até agora manter um nível de assistência que permitiu um forte aumento populacional e uma cobertura vacinal invejável, a situação atual faz prever a possibilidade de mais uma tragédia para o povo Yanomami.
Com esse novo quadro de política de atendimento a saúde indígena Yanomami, houve melhoras sensíveis, até que nos últimos dois anos, a corrupção instalada no órgão da FUNASA não conseguiu nestes últimos 02 anos cumprir com os compromissos do contrato assumido com a Diocese.
De modo específico, nos encontros entre missionários e antropólogos (Barbados, 1971), à luz do Concílio e das novas perspectivas teológicas, avalia-se o trabalho missionário entre os povos indígenas. Reconhecem-se os erros cometidos e apontam-se as novas “trilhas” missionárias a percorrer junto a estes povos: encarnação, inserção, presença gratuita e solidária, interculturação e aprendizado da língua, diálogo intercultural e diálogo inter-religioso.
É nesta perspectiva teológica e missionária que viemos trabalhando e queremos continuar no Xitei junto a nossos irmãos Yanomami para, com eles, continuarmos aprofundando a busca do Mistério de Deus.
Para maiores informações:
Dom Roque Paloschi
E-mail: domroque@gmail.com
Telefone: 0 xx 95 3224-3741/9114-7617
Coordenação da Pastoral Indigenista
Responsável: Ir. Carlos Zacquini- IMC
E-mail: czac@tiscali.it.carlo.zac@uol.com. br
Fone: 0xx 95 3224-4109/9114-0249
Equipe de elaboração
Ir. Eugênia- Providência de Gap
Luciana Pires- Coordenadora Técnica Convênio Diocese/FUNASA
Ir. Carlos Zacquini- IMC - Pastoral Indigenista
Gilmara Fernandes- CIMI
Pe. Fernando Lopez, SJ/ Equipe Itinerante
Colaboradores:
Ir. Arizete Miranda CSA-Equipe Itinerante
Pe. Laurindo Lazaretti- IMC
Ir. Graça Gomes- Catequista Franciscana/ Equipe Itinerante
parabens a igreja católica para lutar por uma vida mais digna dos indigenas, e eu sou indigena e sou contra a intervenção de qualquer religião nas areas indigenas...só espero que as igrejas respeitem isso, não devem acabar com a nossa cltura... e sim diversifica-la para o mundo todo
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